Páginas

8 de mai. de 2011

.

Lingua culta :
Lingua culta nada mais é do que a modalidade lingüística escolhida pela elite de uma sociedade como modelo de comunicação verbal. É a língua das pessoas escolarizadas. Ela comporta dois padrões: o formal e o coloquial:
· Padrão formal - É o modelo culto utilizado na escrita, que segue rigidamente as regras gramaticais. Essa linguagem é mais elaborada, tanto porque o falante tem mais tempo para se pronunciar de forma refletida como porque a escrita é supervalorizada na nossa cultura. É a história do "vale o que está escrito".
· Padrão coloquial - É a versão oral da língua culta e, por ser mais livre e espontânea, tem um pouco mais de liberdade e está menos presa à rigidez das regras gramaticais. Entretanto, a margem de afastamento dessas regras é estreita e, embora exista, a permissividade com relação às "transgressões" é pequena.

Lingua técnica :
Linguagem técnica é uma linguagem científica. Ela é escrita de forma a normatizar o texto. Ou seja: que todos os leitores da área saibam do que se trata, em nível mundial.
Exemplos: manuais eletrônicos (linguagem eletrônica), linguagem médica, linguagem de programação, linguagem jurídica etc.
Na linguagem técnica usam-se termos universais e científicos, linguagem culta e não coloquial. Basicamente há necessidade de que o leitor entenda o assunto e os termos técnicos utilizados na área específica.

Linguagem Popular:
A linguagem coloquial, informal ou popular é aquela linguagem que não é formal, ou seja, não segue padrões rígidos, é a linguagem popular, falada no quotidiano.
O nível popular está associado à simplicidade da utilização linguística em termos lexicais, fonéticos, sintácticos e semânticos. Esta decorrerá da espontaneidade própria do discurso oral e da natural economia linguística. É utilizado em contextos informais. Tomem-se a título exemplificativo os excertos que se seguem: «Minha santa filha do meu bô coração/ Cá arrecebi a tua pera mim muito estimada carta e nela fiquei ciante e sastifeita por saber que andavas rija e fera na cumpanhia do teu marido.» (Aquilino Ribeiro, O Homem na Nave); «- Ó Tio Luís, ó Tio Luís!.../ - Que é? / - Vossemecê não vê? (...)/ - Ouviste por 'i berrar uma cabra?» (Camilo Castelo Branco, Maria Moisés, pp. 44-45).

Intertextualidade:
Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade.
Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo, o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas idéias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia.

Paródia:
A paródia tem como elemento principal, na maioria das vezes, a comédia, ou seja, a partir da estrutura de um poema, música, filme, obras de arte ou qualquer gênero que tenha um enredo que possa ser modificado. Mantém-se o esqueleto, isto é, características que remetam à produção original, como por exemplo o ritmo – no caso de canções – mas modifica-se o sentido. Com cunho, em muitos casos, cômico, provocativo e/ou retratação de algum tema que esteja em alta no contexto abordado (Brasil, mundo política, esporte, entre outros).
O novo contexto empregado à estrutura do que já existia passa por um processo de intertextualização para o leitor, ouvinte, espectador. Para compreender a intenção da paródia, às vezes, é necessário um pré-conhecimento do objeto inicial, por isso, em geral, opta-se por parodiar obras que sejam conhecidas pelo público a ser atingido.
Utilizada também em propagandas, a paródia é um meio de familiarizar o produto em questão com as pessoas alvo. É o caso da lã de aço “Assolan”, que em seus comerciais televisivos parodia músicas de alguns grupos e/ou cantores que estão na mídia, isto é, canções que, normalmente, a sociedade já ouviu e, com isso, mantendo o ritmo e mudando a letra, os espectadores gravam consciente ou inconscientemente os trocadilhos e acabam adquirindo determinado item.

Regionalismo:
A literatura regionalista, intencionalmente ou não, traduz peculiaridades locais, expressando os traços do momento histórico e da realidade social; nela, o local é abordado com amplitude, podendo-se falar tanto de um regionalismo urbano quanto de um regionalismo rural.
A grande tendência da literatura regionalista é apresentar a tensão entre idílio e realismo, entre nação e região, oralidade e letra, campo e cidade, entre a visão nostálgica do passado e a denúncia das misérias do presente. O descritivismo pictorial faz alusão a imagens através de sonoridade, ritmo e modo de falar dos personagens; aqui se encontra em prática “a capacidade de pôr em foco visões de olhos fechados, de fazer brotar cores e formas de um alinhamento de caracteres alfabéticos negros sobre uma página branca, de pensar por imagens” (Calvino, 1998).

30 de jun. de 2009

teste2

kk

teste1